Reduflação: pagar mais por menos
Já teve a sensação de que algum dos produtos que costuma
comprar parece mais pequeno, apesar do preço ser o mesmo? Talvez não seja
apenas uma sensação.
Chama-se Reduflação!
Reduflação é o termo usado para definir a estratégia que pretende levar o
consumidor a acreditar que o preço de um produto não aumentou. Esta estratégia
é usada, principalmente, em épocas de inflação, onde existe a subida
generalizada do preço dos produtos e dos serviços.
O que é e como funciona a Reduflação?
Vejamos um caso real de reduflação:
Uma conhecida cadeia de
supermercados, a operar no mercado português, e famosa pelos seus detergentes
para a roupa, tinha um amaciador de 2 litros a 1,90€.
- Agora,
o mesmo amaciador, traz 1,6 litros e o preço é de 1,80€. Neste caso, a
quantidade é menor e o preço também mas não na mesma proporção.
- Quando
a embalagem tinha 2 litros, cada litro saia a 0,95 cêntimos.
- Com
a embalagem de 1,6 litros, cada litro fica por 1,125 cêntimos.
Na prática, estamos a pagar mais por menos!
Numa publicação, feita pela marca nas suas redes sociais, anunciando a mudança
da embalagem, vemos vários comentários de consumidores descontentes. A empresa
deu resposta afirmando que, apesar da embalagem ser mais pequena (e o doseador
também), dá exatamente para o mesmo número de lavagens (80), visto que tornou o
produto mais concentrado.
Não comparei a fórmula que vem nos rótulos, no entanto, a tonalidade do produto
ficou menos intensa e isso dá que pensar quanto à sua concentração...
O preço do produto mantém-se inalterado mas a sua quantidade/tamanho diminui.
Na prática, o consumidor vai pagar o mesmo mas leva menos para casa.
Como perceber se determinado produto foi exposto a esta
estratégia?
Portanto, o truque é dar atenção às quantidades que a embalagem traz.
Outra forma de concluir se estamos a pagar mais ou o mesmo por menos produto é
comparar sempre os preços com as quantidades, analisando o preço ao litro, ao
kg, ao metro, etc. Em muitas categorias de produtos, essa informação vem na
etiqueta do preço, afixada na prateleira, mas em letras minúsculas...olhe com
atenção.
Torna-se mais difícil ter a perceção da reduflação se estamos a comprar o
produto pela primeira vez, visto que não temos termo de comparação.
O que pretendem as empresas com a reduflação?
- dividir
os custos de produção por mais unidades de venda, baixando, assim, o custo
unitário do produto;
- criar
uma perceção positiva, mostrando aos consumidores que não aumentaram os
preços, ao contrário da tendência do mercado;
- aumentar
a incidência de compra (se o comprador leva menos quantidade, vai precisar
de repetir a compra com mais frequência).
Esta estratégia acarreta um elevado risco. Assim que o
consumidor perceber o truque, vai sentir-se "enganado", podendo
resultar na perda de confiança que este tem pela marca e, por consequência,
deixar de a comprar ou partilhar a experiência negativa com outros
consumidores. No entanto, a maioria das pessoas nunca chega a reparar, logo os
ganhos que a marca consegue vão compensar os riscos inerentes.
Quando compramos frequentemente um produto, por norma,
conhecemos bem o seu preço, mas nem sempre conhecemos a quantidade que ele traz
e, por esta razão, é provável que nem reparemos na alteração se o preço se
mantiver.
Já teve a sensação de que algum dos produtos que costuma
comprar parece mais pequeno, apesar do preço ser o mesmo? Talvez não seja
apenas uma sensação.
Chama-se Reduflação!
Reduflação é o termo usado para definir a estratégia que pretende levar o
consumidor a acreditar que o preço de um produto não aumentou. Esta estratégia
é usada, principalmente, em épocas de inflação, onde existe a subida
generalizada do preço dos produtos e dos serviços.
O que é e como funciona a Reduflação?
Vejamos um caso real de reduflação:
Uma conhecida cadeia de
supermercados, a operar no mercado português, e famosa pelos seus detergentes
para a roupa, tinha um amaciador de 2 litros a 1,90€.
- Agora,
o mesmo amaciador, traz 1,6 litros e o preço é de 1,80€. Neste caso, a
quantidade é menor e o preço também mas não na mesma proporção.
- Quando
a embalagem tinha 2 litros, cada litro saia a 0,95 cêntimos.
- Com
a embalagem de 1,6 litros, cada litro fica por 1,125 cêntimos.
Na prática, estamos a pagar mais por menos!
Numa publicação, feita pela marca nas suas redes sociais, anunciando a mudança
da embalagem, vemos vários comentários de consumidores descontentes. A empresa
deu resposta afirmando que, apesar da embalagem ser mais pequena (e o doseador
também), dá exatamente para o mesmo número de lavagens (80), visto que tornou o
produto mais concentrado.
Não comparei a fórmula que vem nos rótulos, no entanto, a tonalidade do produto
ficou menos intensa e isso dá que pensar quanto à sua concentração...
O preço do produto mantém-se inalterado mas a sua quantidade/tamanho diminui.
Na prática, o consumidor vai pagar o mesmo mas leva menos para casa.
Como perceber se determinado produto foi exposto a esta estratégia?
Portanto, o truque é dar atenção às quantidades que a embalagem traz.
Outra forma de concluir se estamos a pagar mais ou o mesmo por menos produto é
comparar sempre os preços com as quantidades, analisando o preço ao litro, ao
kg, ao metro, etc. Em muitas categorias de produtos, essa informação vem na
etiqueta do preço, afixada na prateleira, mas em letras minúsculas...olhe com
atenção.
Torna-se mais difícil ter a perceção da reduflação se estamos a comprar o
produto pela primeira vez, visto que não temos termo de comparação.
O que pretendem as empresas com a reduflação?
- dividir
os custos de produção por mais unidades de venda, baixando, assim, o custo
unitário do produto;
- criar
uma perceção positiva, mostrando aos consumidores que não aumentaram os
preços, ao contrário da tendência do mercado;
- aumentar
a incidência de compra (se o comprador leva menos quantidade, vai precisar
de repetir a compra com mais frequência).
Esta estratégia acarreta um elevado risco. Assim que o
consumidor perceber o truque, vai sentir-se "enganado", podendo
resultar na perda de confiança que este tem pela marca e, por consequência,
deixar de a comprar ou partilhar a experiência negativa com outros
consumidores. No entanto, a maioria das pessoas nunca chega a reparar, logo os
ganhos que a marca consegue vão compensar os riscos inerentes.
Quando compramos frequentemente um produto, por norma,
conhecemos bem o seu preço, mas nem sempre conhecemos a quantidade que ele traz
e, por esta razão, é provável que nem reparemos na alteração se o preço se
mantiver.
